quarta-feira, 14 de julho de 2010

PORTUGAL


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O nome Portugal deriva dos termos em latim Portus e Calem, que faziam referência às atuais cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, e nomeariam o também chamado Condado Portucalense, predecessor do que viria a ser o Reino de Portugal.
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A atual bandeira da República Portuguesa é bipartida verticalmente em duas cores predominantes: o verde escuro (junto à tralha) e o vermelho escarlate.
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Ao centro, sobreposto à junção dessas duas cores, está presente o escudo das Armas de Portugal, orlado de branco e fixado sobre a esfera armilar manuelina, esta por sua vez em amarelo e realçada em preto.
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A bandeira tem um significado republicano e nacionalista. A comissão encarregada da sua criação explica a inclusão do verde por ser a "cor da esperança" e por estar ligada à revolta republicana de 1891. Segundo a mesma comissão, o vermelho é "a cor combativa, quente, viril por excelência. Lembra o sangue e incita à vitória".
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Também foi difundida a ideia de que o verde representava as florestas de Portugal e o vermelho o sangue dos que tinham morrido pela independência do país. As cores da bandeira, todavia, podem ser interpretadas de maneiras diferentes, conforme o gosto de cada um.
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Os cinco pontos brancos representados nos cinco escudos ao centro da bandeira fazem referência a uma lenda relacionada com o primeiro rei de Portugal. A história diz que antes da batalha de Ourique, D. Afonso Henriques rezava pela proteção dos portugueses quando teve uma visão de Jesus na cruz.
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O monarca venceu a batalha e, em sinal de gratidão, incorporou os cinco pontos (que representariam as cinco chagas de Cristo) na bandeira herdada de seu pai, formada por uma cruz azul em campo branco.
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Há ainda a referência que, segundo a lenda, o número das quinas (5) e dos besantes (25) estariam relacionado com as trinta moedas que Judas teria recebido pela traição a Jesus Cristo.
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Já os sete castelos dourados representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos e simbolizam também o Reino do Algarve.
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A bandeira de Portugal, em vigor desde 1911, pode ser denominada como Bandeira Nacional, Bandeira Verde-Rubra, ou até mesmo, Bandeira das Quinas. Esta última designação refere-se aos cinco escudetes das Armas de Portugal (as cinco quinas).
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Embora hoje em dia esteja profundamente enraizado na sociedade portuguesa, o atual pavilhão é rejeitado por aqueles que discordam da imposição sem consulta ao povo de cores historicamente alheias à identidade nacional. Os monárquicos, por exemplo, continuam a utilizar a tradicional bandeira azul e branca liberal de 1830.
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Outro problema é a questão heráldica: nas regras da heráldica, o verde e o vermelho são dois esmaltes, e assim sendo, jamais poderiam estar em contato um com o outro. Desta forma, muitos estudiosos desta arte consideram a bandeira portuguesa (bem como, por exemplo, as da Lituânia e do Vaticano), como "erros heráldicos".
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Glossário:
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Besante: peça circular de ouro ou prata, sem marca.
Esmaltes: cores existentes para o campo (fundo) de um brasão.
Heráldica: ciência e arte dos brasões de arma e dos escudos.
Quina: pequeno escudo.
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